Publicidade
Publicado 31/10/2017 - 08h24
Ideologia de gênero
Também estamos preocupados com essa questão da ideologia de gênero. Como qualquer pai, diga-se de passagem.
Não estudamos a fundo a matéria, e, portanto, não poderíamos dar um parecer mais efetivo sobre o assunto. Seria leviano.
Todavia, parece-nos possível apontar algumas premissas, que podem ajudar nessa celeuma.
Vejamos.
Concordamos que a identidade de gênero, masculina ou feminina, vai se formando ao longo da vida, e pode ou não coincidir com a identidade biológica, ou seja, do corpo em que a pessoa nasceu. Exemplo disso são os transexuais, com os quais devemos não apenas conviver, mas, sobretudo, respeitar.
Porém, uma premissa que parece relevante é estabelecer o papel das escolas, principalmente, mas, não exclusivamente, as públicas, em relação ao debate do tema, e também o momento em que esse assunto poderia ser livremente debatido com os alunos. Essa são questões imprescindíveis, que precedem, logicamente, o debate da ideologia de gênero.
Nesse sentido, a escola, privada ou pública, tem um papel fundamental na vida dos alunos (e indiretamente dos próprios pais). Logo, a escola deve sim tomar parte no debate, reunindo as opiniões dos professores e dos especialistas no tema, de maneira a fornecer ao jovem um quadro completo de informações, que possam ajudar nas suas escolhas pessoais, presentes e futuras.
Esse trabalho deve ser isento, imparcial, sem direcionamentos, ou ideologias. Simplesmente, apresentar o tema, com informações relevantes ao debate, de maneira a permitir que o aluno tenha uma opinião própria sobre o assunto. Também não deve ter viés político, nem tampouco partidário.
Por outro lado, somos totalmente contrários à precocidade no trato do assunto. Antes do ensino médio, em que o (a) aluno (a) terá aproximadamente quinze anos de idade, não faz sentido algum tratar do tema, que pode gerar dúvidas e angústias que não deveriam fazer parte da vida desses adolescentes.
A partir do ensino médio, a questão poderia ser debatida, mas, com cuidado, e, repita-se, sem qualquer direcionamento, o que poderia comprometer o desenvolvimento da identidade de uma maneira geral, com sérios prejuízos ao desenvolvimento psíquico desses alunos.
Vamos aprofundar esse debate em outros artigos.