E o patriotismo, como vai?
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Publicado 20/11/2017 - 08h14

E o patriotismo, como vai?

Na semana passada, comemoramos a proclamação da República, levada a efeito pelo Marechal Deodoro da Fonseca, em 15 de novembro de 1889. Tal levante político-militar, colocou fim à Monarquia constitucional parlamentarista, culminado com o exílio do Imperador Dom Pedro II, na Europa.
Pensamos sobre isso, meio por acaso, durante a exposição, feita, recentemente, pelo Exército e outros, nas dependências do Parque Ecológico, em Campinas. Foi uma verdadeira festa, notadamente, às crianças, que nos força a repensar alguns valores escassos na nossa sociedade.
Percebemos, sem muito esforço, que a maioria das pessoas não faz ideia do que isso significou para o Brasil. Por mais incrível que pareça, não raro, muitos confundem a independência (7 de setembro de 1822) com o fim da Monarquia. Até os estudantes de Direito sofrem dessa “amnésia”.
Sobre o assunto recomendamos, firmemente, a trilogia do escritor Laurentino Gomes, que destrinchou os bastidores dos fatos políticos relevantíssimos ocorridos em 1808, 1822, e 1889. O mais interessante desses livros é que o autor consegue compilar fatos históricos em linguagem jornalística, sedutora e envolvente.
De qualquer maneira, há que se chamar a atenção à falta de conhecimento mínimo da nossa história por parte do nosso povo. Deveríamos conhecer um pouco mais, não apenas para evitar erros semelhantes no futuro, mas, sobretudo, para termos um pouco de orgulho em relação ao nosso País.
Somente assim, teremos forças para construirmos um futuro melhor, com esperanças renovadas, ainda que tenhamos muitos desafios pela frente, especialmente, no que tange ao combate à corrupção, que tem nos deixado tão aborrecidos e carentes de fé em nossos representantes eleitos.
Todavia, o Brasil é maior que eles, tem uma história linda, e seu povo lutador saberá, ainda que com dificuldades, vencer os desafios que se apresentam, para quebrar velhos paradigmas e lançar um novo olhar sobre o futuro. Como diz nosso hino nacional, “paz no futuro e glória no passado”.
Essas datas históricas devem receber mais atenção de todos, e exposições como a citada acima deveriam fazer parte do nosso cotidiano. É assim em países desenvolvidos, como os Estados Unidos da América, nos quais há uma verdadeira reverência em relação ao passado, notadamente, militar, mas não só.
Precisamos deixar de lado a “síndrome do vira-latas”, que Nelson Rodrigues tão bem descreveu, para começarmos uma mudança de valores, que possa reconhecer erros, mas também valorizar acertos, restaurando-se, assim, a autoestima nacional, sem qualquer viés nacionalista, no sentido pejorativo do termo.
Eis o que desejamos, avidamente.