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Publicado 09/03/2018 - 07h23
EU , VOCÊ, ELES, ELAS, TODOS NÓS, MAIS UMA VEZ
Já vem algum tempo que abordo o ter e o ser, o poder e a potência, o ser conectado consigo e o ser narciso. Esses contrários, esses polos, dizem muito sobre o contemporâneo, logo sobre nós. Pertencemos a um momento em que a intensidade parece ser a maior valia da vida. Que engano. O mais é o melhor é só mais uma outra pegadinha da vida atual, em que o interessante é ser mais, viver mais, não importa para qual lado. Talvez por isso o minimalismo, a ostentação, esportes de aventura ou risco, experiência e vício com drogas que deixam a borda da realidade, o limite, o mais próximo do limite passou a ser um desejo quase coletivo. Motivo de adoração e status.
Leve essa mesma polaridade para a política, para escolhas cotidianas e veja como elas são o caminho mais fácil para chegar ao racismo, ao bullyng, ao autoritarismo,. À vontade de ter poder sobre o outro, a dominar o que é diferente, com força e intensidade. A colocar o limite como razão da vida, enquanto deveria ser o alarme para a volta ou para a consciência do equilíbrio. Porque no embate nada se resolve. Em uma vida coletiva, é essencial indivíduos conectados com si, com suas emoções e verdades e com o todo. O embate e os discursos homem X mulher, mulher x homem, traduzem bem o que temos e o que precisamos para uma sociedade mais justa, próspera e abundante. É preciso que tudo tenha o seu espaço. E para isso o respeito a si deve ser tão exercitado quanto o respeito ao próximo.
Convido você a mais essa reflexão. E aguardo você na semana que vem para mais uma fase desse ciclo em que pretendo comunicar a necessidade de se conectar consigo e com a vida. Sem poder, com potência. Com a vida afetiva em equilíbrio, nem para o mais, nem para o menos. Para que possamos nos nutrir do que de fato importa para cada um de nós e para todos nós, o afeto.