O drama de todos nós!
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Publicado 25/05/2018 - 15h14

O drama de todos nós!

Vivemos uma fase da virada para um período de mutação , de mudança de paradigma de tudo que conhecemos: da tradição, da certeza, da família e, principalmente, de como encontrar um caminho que nos traga a ordem , o progresso e a evolução que necessitamos. Velhas referências expiraram, os valores se alteraram e o homem não é mais o sujeito da história...é a época da tecnologia. O autor Chris Anderson cunhou ainda em 2011: “não estamos vivendo em uma era de mudanças, mas em uma mudança de Era”.
 
O nosso ponto luminoso hoje é a mídia, somos moldados pelas ferramentas que moldamos. A realidade virtual apresenta ambientes que proporcionam uma experiência com efeito real. Mas é digital, binária e artificial... e consequentemente transforma o humano em máquina, quando ele visualiza, interage e manipula os conteúdos . Contudo há susto e alívio. A realidade virtual pode ser útil de forma inovadora para psicoterapia, em psicopatologias como estresse pós- traumático, fobia de dirigir, de avião, em que por meio da tecnologia se reproduz o ambiente do trauma até que ele seja sentido com segurança.
A realidade virtual pode trazer benefícios para os relacionamentos entre os diferentes, na sua comunidade, sua cidade, seu país e seu planeta. E ao mesmo tempo dentro de uma realidade real e interna, desenvolver habilidades sociais e emocionais onde o tutor muitas vêzes será o homem e não só a inteligência artificial. Pode servir para aumentar a empatia e cooperação, diminuir o racismo, ajudar deficientes , criar sustentabilidade e esperança no futuro.
Ao mesmo tempo, no agora e já, vemos que experiências virtuais também estimulam a neuroplasticidade, os neurônios espelhos ,onde se copia e se imita o que se observa por exemplo. Exemplo um: a febre dos jogos virtuais onde o jovem fica horas absorvido assistindo uma partida. Exemplo dois : a carência e a tristeza de quem se avalia pelos likes ou estrelas que recebe pra se sentir vista, ouvida e incluída. Exemplo três: pessoas que postam muitos selfies para se afirmar como alguém belo, amado, merecedor de muitos amigos ou fãs.
Por que cito bons e péssimos efeitos da realidade virtual? Por que quero convidar você a uma reflexão sobre como a essa tecnologia pode mudar o comportamento das pessoas para o bem e para o mal. E alertar que seu uso só depende e dependerá da consciência e inteligência humanitária e emocional do homem sapiens . Porque, no final, está tudo sempre em nossas mãos.