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Publicado 15/06/2018 - 07h15
O que será que nos espera hoje?
Inteligência artificial, eis a grande estrela do momento. Uma novidade, uma esperança e também um perigo. É novidade, logo, causa entusiasmo e medo. O desconhecido tem esse poder, você sabe. Fala-se que a AI (artificial inteligence) irá ceifar empregos, mas também criar outros, inimagináveis. Pesquisas mostram que 65% das nossas crianças, da geração Z, trabalharão em empregos que ainda não existem. Com a velocidade das transformações, não há como duvidar da estimativa.
Será que eles manipularão a AI? Se sim, estarão preparados? Essa é a esperança. Pois esse é o real perigo dessa supernovidade. Pense no poder de manipulação da mídia e das mídias sociais nos dias de hoje e perceberá o quanto essa manipulação ou direção fará toda diferença. Caso a AI seja, de fato, a próxima revolução econômica-social-comportamental, isso significa que as empresas de tecnologia serão as guias do amanhã, quando cyborgues poderão estar sentados na sua sala, caso a convivência humana e cyberhumana seja mantida, é claro?
Apocalíptica, eu? Sim, um tanto. Faz parte da reflexão que quero propor e, antes, de dar continuidade a ela, deixo claro, a AI é também muito positiva, quando aplicada nas áreas da saúde, principalmente. Torço pelo sucesso dela, mas mais ainda pelo nosso sucesso. Nosso: meu, seu, deles, delas, de todos os humanos. Será que estamos mesmo preparados para essa grande revolução? Ao meu ver é preciso muito autoconhecimento e habilidades pessoais muito bem desenvolvidas para que a resposta seja positiva.
Autoconhecimento, empatia, reflexão crítica, autoestima e autonomia têm que estar em potencia máxima para que a inteligência humana se beneficie de fato da artificial. Para que haja troca. Assim, teremos chance de escolher, de usar a máquina a favor da vida e da evolução. Passivamente, seremos rendidos. Ressaltar nossas habilidades humanas, que os cérebros eletrônicos ainda não conhecem, é o essencial agora e já. Falo do sentir. De expandir nosso senso de humanidade, ética, compaixão, colaborativismo e mais.
Preocupado com a subvalorização do humano e a super dependência dos robôs, Elon Musk ( vale o google) promete tornar possível a telepatia entre os futuros humanos, que ele chama de transhumanistas. O mesmo , no entanto, acredite, é possível no presente. Não como nos acostumaram a acreditar ou imaginar por meio de cenas de filmes de ficção cientifica. É mais simples e é real, basta um olhar interno. A pineal, uma pequena glândula localizada no cérebro, é sim capaz de comunicação telepática.
Contudo para exercitá-la é preciso menos e não mais. Menos velocidade, alimentos processados e transgênicos, toxinas como emoções nocivas, pesticidas. Mais humanidade e naturalidade. Sem artificialidade. Será mesmo que temos que ir para fora para revolucionar? Ou seria melhor ir para dentro, sair do pensamento reptiliano e do medo da sobrevivência, expandir a consciência, exercitar a humanidade ?
Isto é, sem dúvida , o meu desejo e também é umas das nossas possibilidades : podemos ter uma inteligência superior e nossa, podemos ir além da inteligência cognitiva, temos a oportunidade de dar mais importância à nossa inteligência límbica e afetiva. Juntas elas têm o potencial de uma meta-inteligência, onde existirá o sentir, o pensar e depois o agir ,com integridade, sabedoria e ética. E, quem sabe, com a ajuda da AI (porque não tenho nada contra ela, mas tudo contra a repressão da nossa inteligência natural).
Fato é que estamos prestes a ver e a participar do nascimento de uma nova era, logo, vivendo as emoções e as dores do trabalho de parto. Mudanças são bonitas e dolorosas, na maioria das vêzes, na mesma proporção. E com elas há sempre a esperança de que surja o melhor. Meu desejo é que o nascimento dessa nova era nos apresente uma nova forma de sentir e pensar a vida neste planeta, para alcançarmos maior evolução. Que venha uma novidade grandiosa e não uma grande novidade.