Sim, é. Digo mais: o simples cura todas as feridas causadas pela idealização da felicidade como consequência de uma vida sofisticada. No simples, não há vaidade, não há erudição, nem poder. A simplicidade nos conecta com a realidade, com o limite e a potência de aceitar a realidade como é. Nada pode ser mais desequilibrado do que viver fora da real, por isso acredito que a simplicidade é o equilíbrio, nos dá paz, algo tão raro hoje em dia.

Como conquistar a simplicidade? É preciso exercitar ou descontruir todo o muro de padrões que estão a volta. De maneira genuína, a simplicidade é uma qualidade das pessoas que possuem inteligência, humildade e maturidade. Favorece quem a possui e espalha benefícios à sua volta. Não tem excessos, consequentemente é leve.

Para entender o quanto sua vida é simples, me responda: o quanto você vive a simplicidade e a naturalidade no seu dia a dia? Consegue ser simples, espontâneo, relaxado? Isso é ser simples. É ser livre.

No hoje a maioria do meio é tomada pelo oposto do simples. A busca por um ideal humano pautado por status, pequenos poderes (os grandes são da alma) nos leva para caminhos complicados, o contrário do simples, ou seja, sem valor ou nobreza. É preciso atenção para não entrar no automático, no terrível flow das aparentes sofisticações.

Somos todos desta comunidade humana, seres mortais e simplesmente imperfeitos. Lembrar disso é um começo para desviar de um caminho quase sem volta, aquele que crê que o acúmulo, o mais, a ambição e as altas expectativas trilham o caminho da tão buscada felicidade. Quantas vezes você foi feliz no simples, no de repente, no inesperado? E quantas vezes você foi de fato feliz no que é ultra premeditado e padronizado? Para ser simples (ou feliz) é preciso quebrar padrões que deixamos construir em volta de nós e em nós.

E , então, você tem coragem de ser feliz? Essencialmente feliz dentro das suas reais crenças ( a não das do meio)? É uma questão de escolha. Simples ( e nobre) assim.