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Publicado 02/11/2018 - 19h33
NO MESMO BARCO
Como a empatia, os valores e as emoções podem mudar as rotas...
Estamos todos no mesmo barco, queremos a democracia e a liberdade de expressão, e é preciso, como brasileiros democráticos, sermos mentalmente fortes, nos unir e não deixar nem a vaidade nem o poder individual falar mais forte.
Uma democracia é feita da aliança entre grupos ideológicos e de interesses. O fenômeno da comunicação entre as pessoas se deu por vários caminhos nesta eleição, onde o Brasil se dividiu, inclusive nos gestos, olhares, palavras. Foi a primeira eleição que quebrou toda e qualquer forma de protocolo de comunicação politica, de elegância, de convívio social. Triste demais.
Usando como bandeira a necessidade de mudança, a necessidade de recuperar o orgulho e a dignidade de ser brasileiro, fez-se a ilusão da massa. Veja o paradoxo: voltar ao velho modelo, retroceder para trazer o novo. Como se a necessidade de disciplina, responsabilidade, justiça pudesse ser resolvida como uma receita. “O mundo mudou tanto”, quantas vezes você já pensou nisso? Logo, acreditar que medidas antigas possam trazer o novo é algo paradoxal, não? Mas é confortável pensar em um salvador, acreditar que alguém possa solucionar todas as questões presentes e futuras comportando-se como se estivesse no (triste) passado.
Refletindo sobre o fenômeno Bolsonaro , acredito que o maior investimento que podemos fazer para ter segurança presente e futura é o investimento na consciência coletiva do gênero humano. Não há outra forma de evoluir.
O momento é de transformações rápidas e sem limites. Para criar um novo tipo de ordem e fazer a diferença, precisamos de capital humano, de pessoas empáticas.
Para começar, que tal entender o que você aprendeu com os últimos eventos políticos? Tente entender como os sentiu.., parafraseando Luiz Melodia, tente entender em que ano estamos... e como tudo isso afeta você, o seu meio, o todo. Coloque-se no lugar do outro. Lembre-se que estamos no mesmo barco.
Depois, como aconselham todos os sábios, olhe para o passado, compare com o presente e crie o futuro. Olhe com empatia. Sem sentimento não há nenhum tipo de revolução. São as emoções e os valores humanos que guiam tudo: da violência a (acredite) a até a economia.